“A ideia é remodelar essa concessão, que está exaurida”, afirma à CDN vice-governador sobre ferrovias gaúchas

Foto: Renan Mattos (Arquivo Diário)

As condições das ferrovias e rodovias gaúchas foram tema de debates nesta semana entre o Estado e o governo federal. O objetivo, segundo as autoridades, é melhorar o serviço a partir de novos investimentos. O vice-governador, Gabriel Souza, e o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, discutiram os assuntos. Em entrevista ao Bom dia, Cidade!, da Rádio CDN, o político gaúcho deu mais detalhes sobre o encontro.

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Com relação ao modal ferroviário, é esperado pelo Estado que, caso a concessão da empresa Rumo seja renovada, ocorra uma modernização e otimização do sistema. Atualmente, a Rumo é a operadora da concessão ferroviária do Rio Grande do Sul. O contrato entre o governo federal e a Rumo termina em 2027, mas a empresa já adiantou que tem interesse em renovar a concessão de forma antecipada.

Souza afirmou que a concessão não está dando os resultados esperados e, consequentemente, está impactando no desenvolvimento do Estado. Segundo o vice-governador, a maior parte da malha ferroviária está abandonada, pois cerca de 55% dos 3,2 mil km são utilizados, e o que está em uso não tem investimentos, apenas manutenção mínima.

– A concessionária admite que não tem usado esses outros trechos porque não tem eficiência econômica, mas ao mesmo tempo não devolve esses trechos à União, que é a dona da concessão, porque teria que pagar. Para fazer a devolução, a empresa teria que pagar R$ 6 milhões por quilômetro para a União – falou o vice-governador.

Diante disso, o político sugeriu a criação de um grupo de trabalho que envolva representantes do governo do RS e, também, de prefeituras para discutir o que se espera com o novo contrato de concessão a partir de 2027. A Rumo deve entregar ao Ministério dos Transportes o plano de negócios e a modelagem econômico-financeira da empresa para renovar a concessão.

– (Queremos) participar dessa discussão, temos inclusive como ajudar o governo federal a modelar um contrato que venha ser mais efetivo. A ideia é remodelar essa concessão, que está exaurida, temos os piores vagões e locomotivas. Nosso pleito ao governo é que consigamos ter resultados (com o grupo de trabalho) para continuar conversando sobre o tema e desenrolar o assunto até o ponto que consigamos vislumbrar quais serão esses investimentos e (garantir que) aconteçam para gerar desenvolvimento para o Rio Grande do Sul – disse Souza.

Outro ponto de debate foram as rodovias federais gaúchas. Na última quarta-feira (30), o governo federal anunciou a inclusão de 14 trechos de rodovias no Programa Nacional de Desestatização (PND). Destas, sete estão no Rio Grande do Sul, sendo que duas passam por Santa MariaBR-158 e BR-392. O programa, que existe desde 1990, transfere a gestão das infraestruturas para a iniciativa privada.

– São trechos que precisam muito de investimento, duplicação, terceira pista, viadutos, rótulas, acessos e travessias urbanas. O governo federal de uma certa forma está admitindo que o RS é um Estado que carece desses investimentos rodoviários na malha federal. Acho que o governo federal avançou nesse sentido. Recebi com simpatia essa possibilidade e espero que o assunto se desenvolva. O secretário-executivo do Ministério dos Transportes me falou que a meta do Governo Federal é lançar os editais em 2025, (a partir) dos estudos feitos e verificada pertinência de conceder rodovia federal.

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